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Um em cada quatro jovens empregados brasileiros quer trabalhar mais, aponta IBGE

por admin
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O violão e a cadeira desocupada querem ser música. A mesa do restaurante reservada pode ser lucro. Imagina quanto potencial guardava a assistente administrativa Solania Severino Lima quando era parte da estatística dos jovens subocupados. “Comecei a fazer um bico aqui, um bico ali, surgiu essa vaga para mim e aí eles me contrataram para assistente administrativo. Chegam várias caixas de vinhos e eu achava que não seria capaz de conferir cada rótulo, cada garrafa. É uma jornada diferente para mim”, conta Solania. Repórter: Até pizza você aprendeu a fazer?Solania Severino Lima: Olha, não meti a mão na massa ainda, mas se derem ali, olha, eu acho que eu desenrolo. A taxa de subutilização do jovem no mercado de trabalho vem caindo nos últimos anos e chegou ao menor nível desde 2014: 24,4%. Ainda assim, é o mesmo que dizer que um em cada quatro desse grupo trabalha menos do que gostaria. Um em cada quatro jovens empregados brasileiros quer trabalhar mais, aponta IBGE — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução Embalado pelo crescimento do PIB, pelo calor da atividade econômica, o mercado de trabalho se abriu para os jovens. Mas, o dado mostra, que eles podem mais. Isso não é só sobre profissionais em começo de carreira, mas sobre o futuro do Brasil, dizem os economistas. Lucas Assis, da Tendências Consultoria, explica: “O mercado de trabalho brasileiro não absorve a capacidade de produtividade a ser ofertada pelos jovens. É um fenômeno muito marcante no Brasil e que pode gerar efeitos de longo prazo no PIB do país e no crescimento potencial de longo prazo. Existe o fenômeno da chamada ‘efeito cicatriz’. Então, é aquele jovem que ou fica desempregado por muito tempo ou ele acaba se inserindo no mercado de trabalho em posições de menor qualidade, e isso acaba gerando efeito de longo prazo na própria carreira dele”. Investir em jovens que podem e querem trabalhar, difícil dar errado. “Não podia ser melhor. Eles têm capacidade de aprender, fazem tudo bonitinho, estão sempre dispostos, sempre sorrindo”, diz o empresário David Mores Leite. “Quando eu entrei para trabalhar aqui, eu achei que seria difícil porque dá aquele medo, aquele frio na barriga. Mas aí depois a gente tem que criar coragem. Você entra aqui para trabalhar como garçom, mas você pode evoluir, depois ser um gerente. E se não der certo, ir para outro restaurante, e assim a carreira vai crescendo. Se aventurar todos os dias, acho que essa é a palavra certa”, diz o garçom Nikolas Castro Costa.

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