Monumento com nome que fazia referência ao golpe de 1964 é retirado de brigada do Exército em Juiz de Fora

Monumento com nome que fazia referência ao golpe de 1964 é retirado de brigada do Exército em Juiz de Fora

De acordo com o MPF, Brigada ’31 de Março’ faz referência ao dia em que as tropas saíram da cidade mineira para instaurar o golpe militar de 1964. Ação Civil Pública foi aberta em abril do ano passado. Monumento que levava o nome ‘Brigada 31 de março’ foi retirado da entrada da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, em Juiz de Fora. A retirada faz parte de um acordo entre a União e o Ministério Público Federal (MPF). MPF argumenta que o nome do local desinforma e relativiza a ditadura, o que pode favorecer a repetição. Além disso, a expressão revolução democrática também foi retirada de documentos e sites oficiais. Ministério Público Federal pede à Justiça Federal que homologue o reconhecimento dos outros pedidos pela União e determine a reparação ao dano causado à coletividade pela desinformação propagada. — Foto 1: 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha/Reprodução — Foto 2: Secretaria Especial de Direitos Humanos/Divulgação Foi retirado da entrada da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, no Bairro Mariano Procópio, em Juiz de Fora, o monumento que levava o nome ‘Brigada 31 de março’, que faz referência à data em que as tropas saíram da cidade mineira para instaurar o golpe militar de 1964, que completa 61 anos nesta segunda-feira (31). Em foto tirada na manhã desta segunda-feira, é identificado que o monumento, atualmente, leva o nome de ‘montanha’. O g1 entrou em contato com o Exército para saber quando foi feita a troca e aguarda retorno. Além disso, a expressão ‘revolução democrática’ também foi retirada de documentos e sites oficiais. “O ato ilícito de homenagem e apologia ao golpe militar não é algo danoso que aconteceu no passado, mas continua ocorrendo neste momento, de forma permanente”, citou o MPF. Pedidos do Ministério Público Na ação, os principais pedidos do MPF são os de: revogação de atos de homenagem;anulação dos nomes de sites e documentos oficiais;remoção, das dependências do Exército, do monumento onde está inscrita a data;condenação da União a excluir a expressão ‘revolução democrática’ ou expressões de exaltar o golpe militar, de qualquer site ou documento oficial, para se referir ao histórico de atuação da brigada. curso sobre o que foi o golpe militar e os direitos humanos violados;criação de um espaço de memória, com uma placa informando que, no dia 31 de março de 1964, tropas militares partiram de Juiz de Fora, e deflagraram o golpe de Estado que interrompeu a democracia no Brasil. Agora, o Ministério Público Federal pede à Justiça Federal que homologue o reconhecimento dos pedidos pela União e determine a reparação ao dano causado à coletividade pela desinformação propagada. Em nota enviada em novembro de 2024, a União alegou que já oferece curso de Direitos Humanos na grade de formação, mas se opôs à criação do espaço de memória no local. Juiz de Fora guarda construções e acervos ligados à ida das tropas militares para o RJ VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Postagens relacionadas

Assista ao Gazeta Meio Dia – edição regional

Corpo de PM que morreu após acidente em rodovia é sepultado em Sorocaba

Governo desativa penitenciária Barreto Campelo em Itamaracá e transfere presos para outras unidades do estado