Entre os dias 1 e 7 de abril indígenas da região do Oiapoque, município a 590 quilômetros de Macapá, realizaram a soltura de 3.291 filhotes de tracajás. A ação faz parte do projeto Kamahad Tauahu – Nukagmada Mewka, que significa “amigos dos tracajás” nas línguas indígenas dos povos indígenas do Norte do Amapá. As atividades acontecem desde 2005 nas aldeias da região. A iniciativa conta com o apoio do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (IEPÉ), com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a Embaixada da Austrália. Um dos objetivos do projeto é ajudar na conservação da espécie, que é muito importante para as comunidades indígenas como parte de sua alimentação e tradições. Todo o processo é acompanhado pelos Agentes Ambientais Indígenas (Agamin). Projeto ‘Amigos dos Tracajás’ realiza soltura de filhotes de tracajás em Oiapoque, no Amapá — Foto: Maria Silveira/Iepé “A gente está preservando, porque chegou o ponto que estava desaparecendo a espécie do tracajá nas terras indígenas de Oiapoque. Agora estamos fazendo esse manejo de tracajá e pirarucu. A ideia é ficar 5 anos sem pescar as espécies”, disse Lázaro dos Santos, agente ambiental indígena. Neste ano já foi realizado o manejo em 23 aldeias. Em 2025, também foi realizada uma parceria com o campus Binacional da Unifap, com alunos do curso de biologia. Processo de soltura Projeto ‘Amigos dos Tracajás’ realiza soltura de filhotes de tracajás em Oiapoque, no Amapá — Foto: Maria Silveira/Iepé Nos meses de setembro e outubro os Agamins realizam o trabalho de monitoramento dos ninhos nos locais de desova, além da coleta dos ovos dos tracajás. Os ovos são transplantados para incubadoras nas aldeias, até que eclodem. Todo o processo de soltura é realizado em conjunto com as comunidades indígenas. Crianças, adolescentes e professores da escola aprendem com dinâmicas e brincadeiras de sensibilização sobre o manejo. VÍDEOS com as notícias do Amapá: