A TV Integração confirmou com fontes da Polícia Federal que os mandados foram expedidos para dois imóveis do artista. Um deles foi cumprido na casa onde ele mora, e o segundo não foi executado porque havia um outro morador no segundo imóvel, que não era alvo do mandato. O advogado do cantor, João Carlos Torres Quirino disse que, por se tratar de investigações sigilosas, está averiguando diretamente nos autos quais são os fatos imputados, e como ainda não teve acesso completo às informações, ainda não seria possível prestar qualquer tipo de declaração. Cantor Christiano durante show — Foto: Reprodução/Redes Sociais Operação ‘Teatro Invisível’ A PF iniciou nesta quarta-feira a operação ‘Teatro Invisível 2’, sobre uma rede de desinformação que atuava no RJ em períodos eleitorais. Segundo as investigações, os atores contratados para encenar diálogos em locais de grande circulação a fim de influenciar o eleitorado foram pagos com o dinheiro público de contratos de serviços inexistentes. A investigação busca recuperar cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo causado aos cofres públicos e a suspensão das atividades econômicas de oito empresas. Como o ‘teatro’ foi pago? A 2ª fase da operação ‘Teatro Invisível’ mira o financiamento das encenações. A PF descobriu que os atores eram pagos com dinheiro de contratos genéricos firmados entre prefeituras e aquelas 8 empresas. O grupo é suspeito de obstrução de justiça, caixa 2, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro. A PF apurou também que o grupo criminoso destruiu provas que poderiam incriminar os integrantes, as quais estavam armazenadas, principalmente, em meios digitais. As investigações também trouxeram evidências de que o grupo utilizou recursos não declarados à Justiça Eleitoral, a fim de favorecer candidatos políticos nas eleições de 2024. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 27 anos de reclusão. Quadrilha tentava interferir no resultado das eleições municipais com teatro de rua Relembre a 1ª fase Em 12 de setembro do ano passado, a PF prendeu 4 pessoas. Com registros de atuação em pelo menos 13 cidades do estado, a quadrilha contratava atores para fazer um teatro de rua, com a intenção de influenciar o voto, sempre desmoralizando determinados candidatos. Esses atores simulavam diálogos entre eleitores, brigas em comícios, denúncias falsas de corrupção e cenas de suposta violência ou vandalismo atribuídas a apoiadores de determinados políticos. Tudo era gravado com celulares ou câmeras disfarçadas e depois disseminado de forma coordenada nas redes sociais — muitas vezes com legendas e montagens que reforçavam a falsidade. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes