A cantora Ana Castela, que se apresentou no primeiro dia do festival e fez participação no show do Dj Alok na madrugada da última quinta-feira (1), tornou-se uma referência do estilo cowboy core, que une roupas da moda sertaneja e do country, apostando no uso de fivelas, botas, franjas e claro, o chapéu. Nesta semana, a cantora-compositora e atriz americana Beyoncé deu início a sua nova turnê ‘Cowboy Carter’ em Los Angeles, nos Estados Unidos. Do pop ao country, o chapéu esteve no palco com grande destaque. Mais do que um acessório, a história do chapéu está relacionada a valores de trabalho e independência. Para a estudante Vitória Portela, de 18 anos, o chapéu representa sua vitória como princesa da Festa do Leite de Batatais. “Tem um valor muito importante no meu coração e é muito importante estar representando assim, eu sinto que eu represento minha cidade usando ele”, diz Vitória de maneira orgulhosa. O comerciante Roberto Aparecido Salvador no Ribeirão Rodeo Music 2025 em Ribeirão Preto, SP — Foto: Susanna Nazar/g1 No cotidiano Já no campo, a peça trata-se quase de uma obrigação, porque além de ser uma característica das vestimentas, também é proteção, como explica o comerciante Roberto Aparecido Salvador, de 56 anos. “Eu uso chapéu quando eu estou na minha, vamos dizer assim, na minha profissão de peão de campo. Ele é uma identidade cultural e também proteção contra o sol, os raios solares”, afirma. A professora Elisangela Oliveira, de 46 anos, participava de comitivas antigamente, e sua história com o chapéu começou assim. Segundo ela, era necessário usar adereços do estilo que ela carrega até hoje, mesmo fora do rodeio. “No mesmo segmento, por exemplo, um barzinho country. O chapéu não pode faltar. É tradição, é raiz e o estilo country, o sertanejo, o interior não pode faltar chapéu”, pontua. A professora Elisangela Oliveira, 46 anos, e o seu chapéu no Ribeirão Rodeo Music 2025 em Ribeirão Preto, SP — Foto: Susanna Nazar/g1 Não só rústico Para aqueles que não se identificam totalmente com o estilo de cowboy, mas desejam seguir a tendência, a customização é uma alternativa. Lenços, pedras cravejadas, colagem de tecidos e pintura podem acrescentar muita personalidade ao chapéu. A farmacêutica Letícia Costa, de 21 anos, chamou atenção com seu look cravejado. Do blazer ao chapéu, ela customizou as peças especialmente para o rodeio e não deixou sua amiga de fora. “É uma característica, né? Rodeio todo mundo pensa em chapéu e bota, então falei: ‘Por que não fazer um chapéu para poder ir para o rodeio mesmo?’”, diz Letícia. Segundo ela, não foi fácil customizar as peças por serem muitos detalhes, mas dependendo da referência, pode ser mais fácil. “Eu não fiz tudo no mesmo dia, porque demorou bastante. Colar bolinha por bolinha é bem chato, não vou negar. Já o de brilho, esse de glitter, é mais fácil”, finaliza. A estudante Vitória Portela, de chapéu no Ribeirão Rodeo Music 2025 em Ribeirão Preto, SP — Foto: Susanna Nazar/g1
Uso do chapéu marca rodeio de Ribeirão Preto e público explica se é modinha ou tradição
Uso do chapéu marca rodeio de Ribeirão Preto e público explica se é modinha ou tradição