Denúncia de estupro em condomínio fechado de Juiz de Fora completa um mês; fotógrafo segue foragido e 3 vigilantes estão presos

Denúncia de estupro em condomínio fechado de Juiz de Fora completa um mês; fotógrafo segue foragido e 3 vigilantes estão presos

No boletim de ocorrência registrado na Polícia Militar, ela disse que estava alcoolizada e foi violentada por um fotógrafo de 24 anos e por seguranças do condomínio na madrugada entre os dias 6 e 7 de março. Relembre o caso mais abaixo. O fotógrafo estaria no mesmo evento em que a mulher estava e, percebendo que ela estaria alcoolizada e que não poderia dirigir, ofereceu ajuda para levá-la em casa. Após deixá-la e ir embora, voltou ao condomínio e entrou no imóvel com a ajuda de vigilantes, pulando o muro. O suspeito, que chegou a se apresentar na delegacia na mesma semana do ocorrido, é considerado foragido pela polícia. Ele chegou a ser ouvido, mas foi liberado, pois não havia mais flagrante e nem mandado de prisão contra ele. Depois que o pedido foi expedido, ele não foi mais localizado pela polícia nos endereços que apresentou às autoridades. A Polícia Civil informou as investigações não foram concluídas e estão em segredo de Justiça. A defesa do fotógrafo, representada pelos advogados Thiago Rodrigues e Rudolf Rocha, informou que o status de foragido ‘não é uma desobediência penal’ e que ele se apresentou espontaneamente na delegacia, prestou depoimento e contribuiu com as apurações. Ainda segundo os advogados, foram entregues às autoridades vídeos da relação sexual, que comprovaria consentimento. O g1 não conseguiu contato dos advogados dos vigilantes. Defesa da mulher cita estado de vulnerabilidade Somente na semana passada, a defesa da mulher se pronunciou oficialmente pela primeira vez. Segundo os advogados Antônio Carlos de Oliveira Filho e Marcelo Rodrigues Furtado de Mendonça, as provas reunidas confirmam o relato dela, que estava “em estado de vulnerabilidade sem plena capacidade de discernimento”. “Suas reações foram reflexas, influenciadas pelas circunstâncias externas. A conduta do investigado se torna ainda mais grave pelo fato de ele ter invadido a residência da vítima e registrado em vídeo o ato criminoso, sem consentimento, com o intuito de exposição, agravando os danos morais e psicológicos. A investigação conta com provas sólidas, incluindo registros que comprovam a invasão, reforçando a gravidade do ocorrido”. A reportagem procurou a defesa da mulher novamente nesta terça-feira (6), mas foi informada que não seriam fornecidos novos detalhes. Mulher denunciou o estupro no dia seguinte Conforme o BO, registrado no dia 7 de março, a mulher disse que estava em um restaurante no Bairro Cascatinha, acompanhada de duas amigas. As três consumiram bebida alcoólica e informaram que não tinham condições de dirigir para voltar para casa. Um homem, fotógrafo e participante do evento, percebeu a situação e se ofereceu para dirigir o carro até a casa dela. Durante o trajeto, a denunciante ligou para um amigo e pediu que ele fosse ao encontro delas. O amigo chegou minutos depois, ajudou a mulher a subir para a residência e chamou um carro de aplicativo para o fotógrafo ir embora. Em seguida, deixou o condomínio acompanhado de uma das colegas. A dona da casa e a outra amiga entraram no imóvel, onde também estavam a mãe dela e duas crianças. Mais tarde, o fotógrafo pegou o próprio carro, voltou ao condomínio e entrou na casa com a ajuda dos vigilantes, pulando o muro da residência. Testemunhas e imagens de câmeras de monitoramento confirmariam esta versão. As gravações ainda indicariam que o grupo ficou cerca de 2 horas na casa. Aos militares, a mulher disse que um dos homens entrou no quarto e a estuprou. Ela disse que não conseguiu reagir porque estava muito alcoolizada. No dia seguinte, ao ver as imagens das câmeras, reconheceu os suspeitos e procurou atendimento médico. Um exame realizado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) confirmou que ela teve relações sexuais. Ela, então, foi até a Polícia Militar registrar o boletim de ocorrência contra os suspeitos. Quatro são presos suspeitos de estupro em Juiz de Fora; fotógrafo está foragido VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

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