No início da tarde, a Polícia Civil confirmou a revogação, não o considerando mais foragido. “Com a recente decisão do Poder Judiciário, a prisão de um dos investigados foi revogada, motivo pelo qual ele não é mais considerado foragido pelas forças policiais”. “A PCMG reafirma seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e informa que a conclusão dos laudos periciais será conduzida com critério técnico e celeridade, a fim de subsidiar o regular prosseguimento do processo junto ao Poder Judiciário”, informou a assessoria da PC. O caso tramita em segredo de Justiça. Advogado aponta inconsistências no depoimento Na manhã desta quarta-feira (14), Thiago Rodrigues, um dos advogados do suspeito, informou que a anulação do pedido de prisão ocorreu pelo fato de a Justiça “ter encontrado inconsistências no depoimento, aliado ao fato dele ter juntado os vídeos da relação sexual e ter contribuído com o processo, além de ter ido à delegacia, cedido seu material genético e dado espontaneamente o seu celular para perícia”. Sobre a acusação de estupro, a defesa do rapaz disse que o vídeo da relação sexual demonstra que o ato aconteceu com o consentimento da vítima e que vídeos do circuito interno do evento onde os envolvidos estavam antes do crime “desmentem a versão da vítima e a versão das amigas dela, que figuram como testemunha nesse processo”. “Todas elas afirmaram que ele não ficou com a vítima dentro do evento, mas eles ficaram sim. Eles ficaram cerca de duas horas beijando, dançando, se abraçando, como um casal normal. Em dado momento, essa relação se estende a uma amiga da vítima. Ele fica com a vítima e com a amiga dela ao mesmo tempo”, afirmou o advogado. Além do estupro, o fotógrafo foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de produção de cena de sexo explícito ou pornografia de vulneráveis, mas a defesa também contesta a investigação. “A delegada entendeu que ele não poderia ter feito a gravação, mas o juiz ainda não analisou isso. Até porque ele só analisou o pedido de revogação temporária e não decretou a prisão preventiva”, afirmou o advogado Thiago Rodrigues. Outros três vigilantes, suspeitos de participação no crime, estão presos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) e foram indiciados pelo crime de estupro de vulnerável, assim como o fotógrafo. Na manhã desta quarta, o Tribunal de Justiça informou que a prisão deles foi convertida de temporária para preventiva, ou seja, sem prazo definido para soltura. A reportagem não conseguiu contato dos advogados deles. A reportagem tentou contato com a defesa da vítima, que ainda não se manifestou. O crime Conforme o BO, registrado no dia 7 de março, a mulher disse que estava em um restaurante no Bairro Cascatinha, acompanhada de duas amigas. As três consumiram bebida alcoólica e informaram que não tinham condições de dirigir para voltar para casa. O fotógrafo estaria no mesmo evento em que a mulher estava e, percebendo que ela estaria alcoolizada e que não poderia dirigir, ofereceu ajuda para levá-la em casa. Após deixá-la e ir embora, voltou ao condomínio e entrou no imóvel com a ajuda de vigilantes, pulando o muro. Aos militares, a mulher disse que um dos homens entrou no quarto e a estuprou. Ela disse que não conseguiu reagir porque estava muito alcoolizada. No dia seguinte, ao ver as imagens das câmeras, reconheceu os suspeitos e procurou atendimento médico. Um exame realizado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) confirmou que ela teve relações sexuais. Ela, então, foi até a Polícia Militar registrar o boletim de ocorrência contra os suspeitos. Quatro são presos suspeitos de estupro em Juiz de Fora; fotógrafo está foragido VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes