VÍDEO: ‘bola de fogo’ é vista em cidades do ES

VÍDEO: ‘bola de fogo’ é vista em cidades do ES

Uma ONG de monitoramento de meteoros, o projeto Exoss (Exploring the Southern Sky) e a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, confirmaram que a bola de fogo nada mais era do um foguete da Space X, empresa do bilionário Elon Musk, que se despedaçou ao entrar na atmosfera. A nave foi lançada em 2014 e entrou na órbita da terra na noite de quarta. O objeto finalizou sua trajetória caindo na Bahia, mas cidades de Minas Gerais, Tocantins, Bahia e do Distrito Federal também registraram o fenômeno. A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) informou que o monitoramento não foi realizado pelas equipes no estado em virtude do tempo nublado. Trajetória O coordenador do projeto brasileiro de pesquisas de meteoro EXOSS, e membro da Sociedade Astronômica Brasileira, Marcelo De Cicco, disse ao g1 nesta quinta-feira (15) que o fenômeno se trata da reentrada do ASIASAT 8 FALCON R/B, uma parte remanescente de um foguete Falcon 9 lançado pela SpaceX. A situação aconteceu principalmente porque o país está próximo à linha do Equador. “Após mais de uma década em órbita, sua trajetória finalmente o trouxe de volta à Terra, e o Brasil. Como o país está próximo à linha do equador, ele frequentemente está na rota de objetos em órbitas geossíncronas ou de alta excentricidade. Essas órbitas, que acompanham a rotação da Terra, acabam concentrando detritos espaciais em regiões equatoriais, muitas vezes chamadas de “sul global””, explicou. Trajetória de parte do foguete Falcon lançado pela Space X em 2014 que entrou na órbita da terra e iluminou o céu de cidades no Espírito Santo — Foto: Divulgação/Exoss O especialista também comentou que seria muito difícil o evento causar algum dano na Terra, já que a maior parte do foguete acaba sendo destruída com o impacto ao entrar na atmosfera. “De acordo com informações da aerospace.org, a maior parte de um rocket body como o ASIASAT 8 FALCON R/B queima durante a reentrada devido ao calor extremo gerado pelo atrito com a atmosfera. Estima-se que entre 60% e 80% da massa de um objeto desse tipo seja consumida, restando apenas fragmentos menores que, na maioria dos casos, caem em áreas desabitadas ou no oceano – como aconteceu nesse evento, que terminou no Atlântico. Apesar disso, há um pequeno risco de que destroços sobrevivam e atinjam áreas povoadas, o que reforça a necessidade de monitoramento e protocolos internacionais para reentradas controladas”, pontuou. Antes da confirmação de que era um foguete, a hipótese mais provável era de que o fenômeno tivesse sido causado por um lixo espacial. O astrônomo e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Adriano Leonês, chegou a apontar duas possibilidades principais para explicar o fenômeno: Um meteoro – objeto que entra na atmosfera da Terra em alta velocidade e se incendeia com o atrito, deixando um rastro de fogo e fumaça;A reentrada de lixo espacial na atmosfera. Foguete Falcon 9 ‘Bola de fogo’ vista em cidades do Norte e Noroeste do Espírito Santo é parte de foguete que entrou na atmosfera da Terra — Foto: Reprodução/Redes sociais A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) constatou que o objeto percorreu cerca de 1500 km, em aproximadamente quatro minutos, com uma velocidade entre 6 e 7 km/s. O foguete Falcon 9 foi lançado em 2014, projetado pela fabricante norte-americana SpaceX, para transportar cargas ao espaço de forma reutilizável e econômica. Durante o lançamento, uma das partes do foguete se soltou, e ficou em órbita por quase 11 anos, até retornar para a nossa atmosfera. “A partir da análise dos dados e da comparação com objetos em órbita com previsão de reentrada, a BRAMON identificou que o objeto mais compatível com a trajetória observada é o corpo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, identificado pelo NORAD 40108. Este estágio de foguete foi lançado em 5 de agosto de 2014, como parte da missão que colocou em órbita o satélite AsiaSat 8, um satélite de comunicações geoestacionário destinado a fornecer serviços de transmissão para a região Ásia-Pacífico. Após cumprir sua missão, o segundo estágio do Falcon 9 permaneceu em órbita como lixo espacial e, com o tempo, sua trajetória foi decaindo até resultar na reentrada atmosférica observada nesta quarta-feira” concluíram. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo

Postagens relacionadas

Uma pessoa desaparece por dia, em média, em Juiz de Fora, aponta balanço

Corpo de morador de rua executado por policiais há 2 meses segue no IML; família não tem dinheiro para translado até AL

Placas são instaladas para alertar sobre risco de atropelamento de peixes-bois-marinhos na orla de Cabedelo