A principal suspeita da Polícia Civil é que Alex tenha sido morto em retaliação após pegar um celular em um depósito de bebidas vizinho à casa dele. Até o momento, a polícia descarta que o jovem tenha furtado ou roubado o aparelho. “A gente ainda tinha esperança de encontrar ele com vida, e encontrar ele naquela situação é algo que machuca muito a gente. A gente não está conseguindo processar isso daí, a gente não quer acreditar que isso realmente está acontecendo. A gente espera que a justiça seja feita, é o que a gente precisa que aconteça, que as pessoas que fizeram isso com ele possam pagar.” No sábado, Samuel acompanhou o trabalho da polícia e dos bombeiros no momento em que o corpo do primo foi encontrado às margens do Rio Pardo, entre Pontal e o distrito de Cândia. “Ele foi encontrado amarrado, os braços e as pernas, amarrado com arame farpado, com corda, com um saco na cabeça. Só pela situação que foi encontrado, a gente já sabe o sofrimento que ele passou. A gente não consegue imaginar a dor que ele deve ter sentido, o medo”, disse. Samuel Lopes da Silva, primo de Alex, durante enterro em Pontal, SP — Foto: Aurélio Sal/EPTV Desaparecimento e morte Os suspeitos João Guilherme Moreira, de 27 anos, apontado como o dono do celular, Uanderson dos Santos Dias, de 19 anos, Alex Sander Benedito Ferreira, de 23 anos, e Jean Carlos Nadoly, de 28 anos, foram presos. As defesas deles não foram localizadas para comentar o assunto. Uma testemunha afirmou à polícia que viu quando Alex foi levado de casa à força em uma caminhonete com pelo menos três homens. Ele foi agredido logo ao atender à porta. Segundo a mãe do rapaz, uma testemunha disse à polícia que o dono do celular voltou à loja na madrugada procurando o telefone, e a funcionária disse que sabia com quem estava. Ela levou o homem à casa do adolescente. Depósito de bebidas onde Alex Gabriel Santos pegou celular antes de desaparecer em Pontal, SP — Foto: Tiago Aureliano/EPTV Com base nos depoimentos e em imagens de câmera de segurança, a polícia identificou a caminhonete e chegou aos suspeitos. Eles negaram o assassinato, mas confessaram as agressões contra o adolescente em um galpão, em Pontal O local e o veículo passaram por perícia, sendo que marcas de sangue foram encontradas na carroceria da caminhonete. Novas informações levaram a polícia a ter certeza de que o adolescente estava morto. Um dos suspeitos presos por envolvimento na morte do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal, SP — Foto: Reprodução/EPTV
‘A gente espera que a justiça seja feita’, diz primo de garoto morto por causa de celular no interior de SP
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