A decisão ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar em 16 de junho a condenação definitiva do empresário. Como não cabem mais recursos, restou a Justiça paulista expedir o mandado de prisão para cumprimento da pena. O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri na capital, determinou ainda que a polícia tente cumprir no prazo de 15 dias o mandado de prisão contra Nahas. Também foi encaminhado a Polícia Federal (PF) a inclusão do nome e foto do empresário na Difusão Vermelha da Interpol (polícia internacional). Esse alerta prevê que autoridades de outros países possam prendê-lo caso ele tenha deixado o Brasil. A equipe de reportagem tenta localizar a defesa de Nahas para comentar o assunto. O empresário não havia sido preso até a última atualização desta reportagem. Ele sempre negou ter cometido o crime. O crime Sérgio Nahas — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal Para a acusação, Nahas matou Fernanda porque se sentiu ameaçado após ela descobrir que o marido a traía e usava drogas. Segundo a Promotoria, o empresário também estava preocupado com a partilha dos bens diante da possibilidade de a mulher pedir o divórcio. Ainda segundo a acusação, Nahas arrombou a porta do closet onde Fernanda estava para se proteger do marido. Em seguida, de acordo com o promotor, ele atirou duas vezes. Laudo oficial da perícia apontou que o primeiro disparo atingiu a mulher, enquanto o segundo saiu pela janela. Fernanda fazia tratamento contra depressão. De acordo com a defesa de Nahas, diários escritos pela própria vítima indicavam que ela tinha o desejo de tirar a própria vida. Contudo, o laudo da Polícia Técnico-Científica não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Fernanda. Quanto a isso, a defesa do empresário alegou que a pistola usada só deixa resíduos na roupa. Nahas chegou a ser preso por porte ilegal da pistola, mas foi solto por decisão da Justiça após 37 dias. Justiça de SP condena Sérgio Nahas após 15 anos
