Estupradores em série são condenados a mais de 138 anos por violentar mulheres em Boa Vista

Estupradores em série são condenados a mais de 138 anos por violentar mulheres em Boa Vista

O mais jovem recebeu a pena mais alta: 72 anos, seis meses e 19 dias de prisão. Já o comparsa foi condenado a 66 anos, dois meses e 28 dias de reclusão. A sentença é da Vara de Crimes Contra Vulneráveis. Os réus estão presos desde janeiro deste ano, após serem alvos de operação da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). Além dos estupros, eles também são acusados de roubar as vítimas. A série de estupros e roubos ocorreram entre novembro e dezembro de 2024. Segundo a delegada Kamilla Basto, responsável pelo inquérito na Deam, as investigações revelaram que os criminosos não agiam de forma aleatória: estudavam previamente as residências, identificando locais com presença majoritária de mulheres ou situações de vulnerabilidade, como casas sem muros ou com acesso facilitado. Além disso, os acusados agiam durante a madrugada. Armados com facas, eles invadiam as casas e cometiam a violência sexual, física e os roubos. Até agora, eles foram julgados em quatro processo. A ação referente à criança de 10 segue em andamento na Justiça. “Essa condenação é fruto do trabalho técnico da Deam com apoio do Departamento de Inteligência da Sesp [Secretaria de Segurança Pública]. Foram quatro vítimas de estupro e duas de roubo apuradas nesse processo. Ainda há um quinto caso envolvendo uma criança de 10 anos, que aguarda julgamento e pode elevar ainda mais as penas”, destacou a delegada. Dupla presa por receptação também é suspeita de roubos e estupros em Boa Vista — Foto: Nylo Monteiro/Rede Amazônica A Polícia Civil destacou que o trabalho para chegar aos suspeitos foi “técnico, sensível e estratégico”. Os estupradores agiam de maneira violenta com as vítimas. “Uma das vítimas ficou ferida na mão, por golpes de faca aplicados durante o ataque. Foi um comportamento cruel e meticulosamente planejado”, relatou a delegada. Investigações As investigações começaram em novembro de 2024, após dois casos ocorrerem da mesma maneira: invadiam as casas das vítimas de madrugada, as estupravam, agrediam e roubavam itens como celulares, joias, e relógios. Com o apoio do Departamento de Inteligência (Deint), foi possível identificar que objetos roubados estavam sendo revendidos por meio das redes sociais, o que levou à localização de uma terceira suspeita, uma mulher de 34 anos – ela foi presa em flagrante por receptação qualificada durante a operação deflagrada em janeiro. A operação foi deflagrada no dia 10 de janeiro de 2025, em uma vila com mais de 10 apartamentos, no bairro Pintolândia, zona Oeste da capital. À época, foram localizaram diversos objetos roubados: bolsas, roupas, celulares, maquiagens, chips telefônicos e até esmaltes. No mesmo dia, as vítimas foram acionadas e fizeram reconhecimento formal dos autores e dos pertences roubados, segundo a Polícia Civil. “Desde o início, fizemos um trabalho de rastreamento dos objetos subtraídos no intuito de chegar até os autores dos estupros coletivos e roubos. Quando localizamos um dos indivíduos com objetos produtos dos crimes, descobrimos que, na verdade, ele e o primo eram os autores dos delitos sexuais. Os reconhecimentos foram decisivos. Todas as vítimas e testemunhas reconheceram a dupla como autores, assim como as vestimentas utilizadas por eles durante a prática dos delitos”, explicou a delegada. Com base nas provas, imagens, monitoramento, depoimentos, objetos recuperados e confissão de um dos suspeitos, a delegada solicitou as prisões preventivas, que foram deferidas pela Justiça. Depois, os dois investigados foram denunciados pelo Ministério Público de Roraima pelos estupros coletivos e roubos. Operação da Polícia Civil investiga uma série de roubos e abusos sexuais

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