Kremlin confirma reunião de Putin e Trump para os próximos dias

Kremlin confirma reunião de Putin e Trump para os próximos dias

“A pedido do lado americano, foi essencialmente alcançado um acordo para realizar uma reunião bilateral no mais alto nível nos próximos dias, ou seja, um encontro entre o presidente Vladimir Putin e Donald Trump. Estamos agora iniciando os preparativos concretos junto com nossos colegas americanos”, afirmou Ushakov. Ushakov, no entanto, não disse exatamente quando nem onde o encontro aconteceria. Após o anúncio, o mercado de ações da Rússia disparou e chegou a subir 4,5%. Enviado de Trump se encontra com Putin perto de expirar ultimato Encontro com Zelensky Segundo o jornal “The New York Times”, o plano de Trump é que os dois se reunissem posteriormente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Não está claro se a reunião incluiria um anúncio de cessar-fogo entre os dois países, em guerra aberta desde 2022. Putin e Zelensky não conversaram diretamente nenhuma vez desde o início dos combates, há cerca de três anos e meio. Nesta quarta-feira (6), um encontro entre Putin e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff. Segundo Trump, o encontro foi “altamente produtivo” e gerou “grande progresso”. Já os russos chamaram a reunião de “útil e construtiva”, e que houve uma “troca de sinais” entre Moscou e Washington. “Meu enviado especial, Steve Witkoff, acabou de ter uma reunião altamente produtiva com o presidente russo Vladimir Putin. Grandes avanços foram alcançados! Depois disso, atualizei alguns de nossos aliados europeus. Todos concordam que esta guerra precisa chegar ao fim, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas”, afirmou Trump em sua rede social Truth Social horas após o fim da reunião. A reunião entre o líder russo e o representante americano ocorreu dois dias antes do fim do ultimato estabelecido por Trump para que a Rússia termine a guerra na Ucrânia, sob ameaças de impor “tarifas severas” de 100% sobre os russos e seus parceiros comerciais. Trump não entrou em detalhes sobre possíveis progressos no impasse entre EUA e Rússia, porém o encontro não mudou a posição da Casa Branca sobre as “tarifas severas” de 100% que Trump prometeu aos russos, afirmou um oficial do governo americano à agência de notícias Reuters. O assessor de Putin, Yury Ushakov, foi a primeira autoridade dos dois países a se manifestar após a reunião, que durou cerca de três horas. Ele adotou tom otimista e afirmou que houve uma “troca de sinais” entre os governos americano e russo, porém sem dar mais detalhes do que isso significaria. Os russos tendem a buscar um adiamento na imposição de sanções, marcadas para esta sexta-feira (8). “O enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, foi recebido pelo nosso presidente nesta manhã. Eles tiveram uma conversa bastante útil e construtiva (…) Eles discutiram a crise na Ucrânia e as perspectivas de desenvolvimento da parceria estratégica entre Rússia e EUA. Da nossa parte, enviamos alguns ‘sinais’, e também recebemos alguns sinais de Trump”, afirmou o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, a jornalistas. O CEO do Fundo Russo de Investimento e enviado especial de Putin para investimento e cooperação econômica, Kirill Dmitriev, também chamou o encontro de “construtivo” e disse que “o diálogo vai prevalecer”. Trump informou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a reunião entre Putin e Witkoff em ligação telefônica nesta quarta. O presidente americano disse ter atualizado também os aliados europeus sobre o encontro. Zelensky afirmou que todos estão em sintonia de que “a guerra tem que acabar” e disse que “a pressão sobre a Rússia está funcionando”.

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