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‘Golpe do falso exame’: polícia apreende 40 máquinas de cartão, motos e uniformes no Vidigal

por admin
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Agentes da 15ª DP (Gávea) também retiveram 2 motocicletas e uniformes em uma casa no Vidigal. O imóvel era alugado pela quadrilha para não chamar atenção. Os policiais ainda encontraram 8 cartões de possíveis vítimas. Ainda de acordo com a polícia, os homens presos em fevereiro voltaram a praticar o crime. Só no último mês, ao menos 10 vítimas registraram ocorrências na região da 15ª DP. “É muito importante que as pessoas fiquem alertas a esse tipo de golpe. Caso recebam ligações ou mensagens oferecendo esse tipo de serviço de entrega de exames, não aceitem. Entre em contato com os canais oficiais dos laboratórios, clínicas hospitalares, para saber se realmente eles têm serviço de entrega”, disse a delegada Daniela Terra. Máquinas apreendidas pela 15ª DP (Gávea) — Foto: Reprodução/TV Globo Banco impediu golpe Na última quarta-feira (6), a jornalista Adriana Nóbrega quase caiu no golpe. Segundo ela, a mãe recebeu uma ligação de uma suposta atendente do laboratório onde tinha feito exames informando que os laudos estavam prontos, mas que não poderiam ser acessados on-line por “problemas técnicos”. A atendente ofereceu a entrega por motoboy, sem mencionar custo. O falso entregador chegou à portaria e cobrou R$ 7, alegando que só poderia receber no cartão. Após várias tentativas com aproximação e cartão físico, todas sem sucesso, ele disse que voltaria mais tarde. Pouco depois, Adriana recebeu notificações do banco sobre tentativas de compra de R$ 19.999,99. Ela negou as transações e bloqueou o cartão. “Graças a Deus, não tive nenhum prejuízo. Meu banco agiu rápido, e tudo ficou bem. Contudo, faço questão de registrar essa denúncia, porque sou apenas um entre os milhares que esses criminosos tentam enganar todos os dias. E, infelizmente, há pessoas que acabam caindo nesse golpe”, disse Adriana. Já Ana Borges, abordada de forma semelhante em maio, não teve a mesma sorte. Seu pai havia recebido alta de um hospital em Botafogo e, no dia seguinte, ela recebeu mensagem sobre alterações em exames. “Informaram que poderiam entregar em casa ou irmos buscar no hospital. Pela praticidade, aceitei a entrega em domicílio”, lembrou. O falso entregador foi ao apartamento e tentou cobrar R$ 8. Após a transação não ser concluída, prometeu voltar com outra máquina — mas desapareceu. Horas depois, o banco informou que o cartão havia sido usado em 2 compras que somaram quase R$ 7 mil. O valor não foi estornado, e ela agora processa a instituição financeira. Histórico do golpe Os homens presos em fevereiro, e que segundo a polícia voltaram a praticar o golpe, pertencem a uma quadrilha que em apenas 2 meses impôs um prejuízo de R$ 1,5 milhão às vítimas. Na época, os autores confessaram ter comprado dados de pacientes na deep web — parte da internet que não pode ser encontrada por buscadores como o Google nem pode ser acessada como um site normal, digitando o endereço em um navegador comum. Associações do setor, como a Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) e a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), já emitiram alertas sobre a prática, orientando pacientes a confirmar diretamente com a instituição qualquer cobrança e a nunca efetuar pagamentos fora dos canais oficiais.

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