A sessão foi iniciada às 13h30, no Fórum Benjamin Colucci, ouvindo quatro testemunhas – dois policiais militares e dois policiais civis. A previsão é de que, nesta fase do processo, outras 10 pessoas prestem depoimento. A próxima sessão será no dia 3 de outubro. Ao todo, dez suspeitos foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio — seis pela ação e quatro por omissão imprópria. Todos acompanharam a sessão. Quem são os acusados? Dos 10 indiciados no caso, quatro respondem por homicídio doloso na modalidade de omissão imprópria, que ocorre quando a pessoa tinha o dever legal de agir ou poderia ter evitado o crime, mas optou por se omitir. São eles: Família de Sebastião Felipe em frente ao Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora — Foto: Maria Eliza Diniz/TV Integração Victor Oliveira Assis Madeira: filho da proprietária da boate. Chegou a ficar preso entre os dias 24 de março e 7 de maio.João Pedro Lopes da Silva Souto: funcionário de apoio da boate. Chegou a ficar preso entre os dias 24 de março e 7 de maio.Rafael Jefferson de Souza Venâncio: funcionário de apoio da boate. Chegou a ficar preso entre os dias 24 de março e 7 de maio. João Carlos de Oliveira: funcionário de apoio da boate. Chegou a ficar preso entre os dias 24 de março e 7 de maio. Os outros seis respondem por homicídio na forma comissiva, ou seja, por participação ativa na agressão que resultou na morte da vítima. São eles: Ricardo Venturini Matozinhos Matos: produtor de eventos. Segue preso no Ceresp desde o dia 24 de março. Itamar Bisaggio Júnior: frequentador da boate. Segue preso desde o dia 27 de março no Ceresp. Yhan Damas Galvão: função desconhecida. Segue preso desde o dia 28 de março no Ceresp. Fabiano Marques Lima: função desconhecida. Esteve preso entre os dias 28 de março e 25 de julho. Lucas Dias Nascimento Toledo: função desconhecida. Segue preso desde o dia 16 de abril no Ceresp.Yago Natã Delibero de Carvalho: função desconhecida. Segue preso desde o dia 15 de abril no Ceresp. A advogada Camila Viana, que faz a defesa de João Pedro Lopes da Silva Souto, Rafael Jefferson de Souza Venâncio, Victor Oliveira Assis Madeira e João Carlos de Oliveira comentou que, com a audiência desta segunda, foi possível “delinear melhor as condutas, até mesmo da vítima”. Já Thiago Almeida, que faz a defesa de Lucas Dias, disse que confia na audiência de instrução e que não existe responsabilidade penal coletiva. “Ficará claro que sua conduta não teve por objetivo a prática de homicídio. Embora tenha se envolvido em um tumulto inicial, os elementos trazidos pela Polícia Civil demonstram que ele se afastou do local antes do evento fatal”. O advogado de Itamar Bisaggio Júnior não respondeu, e o g1 não conseguiu contato com os demais. À TV Integração, a mãe de Sebastião Felipe, Ana Maria Ribeiro de Mendonça, cobrou justiça na elucidação do caso e na condenação dos envolvidos. “Eu espero que os quatro que estão soltos, que tenham justiça para eles, porque eles correram atrás do meu filho. Então eu quero que a justiça seja feita. É muito duro para uma mãe. Eu quero que eles sejam condenados. Não tem como. Como que eles eram soltos no meio do povo? A covardia que eles fizeram. Todos têm que pagar”. Vítima foi agredida até a morte A vítima se envolveu em uma briga na boate ‘Madeira’s Lounge’, ferindo um dos agressores com uma garrafa. O caso aconteceu na madrugada do dia 23 de março deste ano. Em retaliação, amigos do ferido — que não teve a identificação informada — passaram a perseguir Sebastião Felipe, que fugiu do local.O grupo seguiu atrás, alguns a pé e outros em veículos, e parou o caminhoneiro a cerca de 500 metros da casa de shows. As agressões ocorreram nesse ponto. Imagens gravadas por moradores mostram a vítima desacordada no chão. Na ocasião, todos os responsáveis fugiram sem prestar socorro. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Caso Sebastião Felipe: testemunhas de acusação são ouvidas em audiência sobre morte de caminhoneiro espancado após briga em Juiz de Fora
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