Quadro reúne reportagens especiais com receitas tradicionais que avós passaram para os filhos e netos, que unem sabores e histórias entre gerações. A carne na lata da dona Vera Lúcia Vieira de Oliveira, de 80 anos, é uma receita tradicional do interior mineiro que resistiu ao tempo e hoje brilha em criações modernas assinadas pelo neto dela, Pedro Fellet. A origem desse prato remonta à década de 1940, quando Dona Vera nasceu na Fazenda Sans-soucis, na zona rural de Leopoldina. Era uma época em que a geladeira era um artigo raro, e conservar a carne exigia criatividade e técnica, como, por exemplo, em latas, coberta por gordura. Chef e um dos idealizadores do Reza Forte, o neto levou a receita da avó para o restaurante, onde a carne na lata aparece reinventada em pratos criativos, mas sempre com a mesma essência. Pedro e a avó Vera que fazem pratos no restaurante Reza Forte — Foto: Pedro Fellet/Arquivo Pessoal Na cozinha do restaurante Reza Forte, em Juiz de Fora, um prato carrega não apenas o sabor da roça, mas também a história de uma família. É a carne de pernil na lata da dona Vera Lúcia Vieira de Oliveira, de 80 anos, uma receita tradicional do interior mineiro que resistiu ao tempo e hoje brilha em criações modernas assinadas pelo neto dela, Pedro Fellet. A origem desse prato remonta à década de 1940, quando Dona Vera nasceu na Fazenda Sans-soucis, na zona rural de Leopoldina. Era uma época em que a geladeira era um artigo raro, e conservar a carne exigia criatividade e técnica, como, por exemplo, em latas, coberta por gordura. “Boa parte dessa cozinha rural, que hoje a gente entende como ‘cozinha mineira’, vem desses contextos. Tudo era aproveitado: salgavam, defumavam, conservavam em gordura… e minha avó segue fazendo isso até hoje”, conta Pedro. Chef e um dos idealizadores do Reza Forte, o neto levou a receita da avó para o restaurante, onde a carne na lata aparece reinventada em pratos criativos, mas sempre com a mesma essência. “Quando servimos a carne na lata no Reza, é ela quem faz. A minha não fica tão boa quanto a dela, não sei o motivo. Deve ser o tempo, a mão ou o coração que ela põe ali”, finalizou. 🥩 Carne de pernil na lata da vó Vera Carne na lata da vó Vera — Foto: Pedro Fellet/Arquivo Pessoal 2 kg de pernil sem osso em cubos;35 g de sal;50g de alho triturado;Pimenta-preta moída, quantidade a gosto; 2 kg de banha de porco;1litro de água. Marinar o pernil cortado em cubos grandes com o sal, o alho e a pimenta-preta por 2 horas.Transferir para uma panela com a banha e a água, certificando-se de que a carne fique totalmente coberta.Levar ao fogo médio/baixo até a mistura ferver. Manter a fervura até que toda a água evapore e reste apenas a gordura; dessa forma, a carne para de cozinhar e começa a fritar.Quando a carne começar a fritar, estará pronta. Transferir para um recipiente (pote) com toda a banha do preparo e tampar.A carne precisa ficar inteiramente coberta pela gordura para se manter conservada por um longo período, sem necessidade de refrigeração.Para servir, retire da gordura a porção desejada da carne e frite a 170 ºC até dourar levemente e aquecer por dentro.Pode ser servida inteira, desfiada, como proteína principal em um prato ou como petisco. 🔎 Essa forma de preparo, com a mistura de água e gordura, é uma técnica que ajuda no cozimento mais lento da carne, sem a necessidade de um controle muito preciso da temperatura. Também é possível usar apenas a banha (sem água), mas isso exige temperaturas mais baixas e constantes para que a carne cozinhe lentamente na gordura. *estagiária sob supervisão de Carol Delgado. ASSISTA TAMBÉM: Aprenda a preparar costelinha suína e macarrão alho e óleo da Dona Maria Receita de Vó: aprenda a preparar costelinha suína e macarrão alho e óleo da Dona Maria VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes Ops!
Receita de Vó: aprenda a fazer carne de pernil na lata da Dona Vera
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