Chefe da TCP morto na Maré, Cria tinha 200 anotações criminais e comandava tribunal do tráfico: ‘Sanguinário’, diz secretário

Chefe da TCP morto na Maré, Cria tinha 200 anotações criminais e comandava tribunal do tráfico: ‘Sanguinário’, diz secretário

Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro, apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, tinha 200 anotações criminais e, segundo investigações, comandava um “tribunal do tráfico” que determinava execuções na região. “Ele matava não só adversários ou ali pessoas que eram marginais. Ele matava moradores, matava adolescentes. Tem relatos dele ter matado uma senhora idosa. Enfim, era um marginal extremamente perigoso e mau. Sanguinário”, diz o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi. “Ele era conhecido como homem da guerra do TCP, o homem que planejava todas essas guerras de disputa territorial”, acrescentou. Na última semana, o traficante aparece em imagens celebrando uma aliança entre o TCP e a facção Guardiões do Estado (GDE), do Ceará. Nas imagens, ele está de camisa branca e encapuzado, empunhando um fuzil, cercado por pelo menos 20 homens armados. No discurso gravado, Cria afirmou que os grupos passariam a atuar em conjunto contra o CV. “Quem quiser vir, pode vir; se fechar com a gente, as portas estão abertas. Agora, se for contra a gente, vão matar todo mundo”, disse o criminoso, que ainda convocou bandidos de outros estados para enfrentar o Comando Vermelho. Traficante era violento e temido Segundo investigadores e moradores da comunidade, Cria era temido na região e chegou a cometer homicídios por motivos banais. Ele vinha sendo monitorado há meses pelas forças de segurança. Segundo relatos de moradores, a ascensão de Cria na Maré foi marcada por episódios de violência. Eles afirmam que o traficante mandou executar pessoas na comunidade, o que aumentou o clima de medo e reforçou a rejeição ao seu comando. Uma das histórias mais citadas por moradores da Maré envolve a morte de um homem que teria derrotado Cria em um jogo de cartas. Após uma discussão, o traficante determinou que ele ficasse em casa, em uma espécie de prisão domiciliar. Dias depois, quando o homem saiu à rua, Cria foi avisado e o executou. Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro — Foto: Reprodução

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