Influencer suspeito de desviar R$ 146 milhões via PIX é preso na Argentina após inclusão na lista da Interpol

Influencer suspeito de desviar R$ 146 milhões via PIX é preso na Argentina após inclusão na lista da Interpol

🔴Difusão Vermelha, também conhecida como “lista vermelha” é um mecanismo internacional para o compartilhamento de informações de foragidos internacionais. Atualmente, a organização possui 19 bancos de dados à disposição das polícias do mundo, entre eles, de impressões digitais, perfis de DNA, documentos falsificados e obras de arte, por exemplo. De acordo com a Polícia Federal, a prisão foi feita com apoio da Polícia Civil de São Paulo e das autoridades da Argentina, Panamá, Paraguai e Estados Unidos. A nota diz ainda que Gabriel deve ser extraditado para o Brasil. De acordo com o advogado Eduardo Maurício, que representa o empresário, foi requirido um pedido de revogação da prisão e para a exclusão do influenciador da lista da Interpol. Também foi feita uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Huamanos, para que Gabriel possa responder o processo em liberdade. (Veja nota na íntegra abaixo). Maurício disse que as autoridades do Panamá o liberaram para seguir viagem a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Sua defesa também afirmou que a prisão no Panamá havia sido “ilegal e abusiva”. Contudo, horas depois, Gabriel foi incluído no alerta vermelho da Interpol. Segundo Paulo Barbosa, delegado chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos, “a inclusão do nome do Gabriel Spalone na Difusão Vermelha foi resultado de uma ação conjunta da Polícia Civil de São Paulo com a Polícia Federal”. Ao pousar em Buenos Aires, Argentina, depois de sair do Panamá, Gabriel foi preso pela Interpol dentro do avião. Ele será transferido para o Brasil para ficar à disposição da Justiça. Gabriel Spalone tem 29 anos e é empresário e influenciador digital — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal Detido e liberado no Panamá Conforme a TV Globo apurou, após deixar o Brasil nesta sexta-feira (26) para seguir até Dubai, o influenciador foi para o Paraguai, onde comprou uma passagem com destino a Nova York, nos Estados Unidos, com escala no Panamá. A TV Globo também apurou que empresário seria deportado para o Paraguai, país onde a fuga começou, e, em seguida, transferido para o Brasil. Contudo, o advogado informou às autoridades que Gabriel “era uma pessoa livre para viajar e não tinha qualquer ordem de prisão internacional ou inclusão na Interpol”. Menos de 24 horas, ele foi liberado. O que diz a defesa “Eduardo Maurício advogado de defesa de Gabriel Spalone ratifica que seu cliente foi colocado em liberdade no Panamá, e afirma que posteriormente foi detido novamente em Buenos Aires (desta vez com uma inclusão ao que parece correta na Interpol). Dr. Eduardo Maurício afirma que exercerá a defesa do influencer e empresário no processo de extradição que se inicia na Argentina, e em paralelo, já foi fornecida provas da sua inocência e já foi requerido no Brasil a revogação da sua prisão pendente de decisão judicial, e se o caso impetrará habeas corpus perante o Tribunal, bem como a defesa procederá com o pedido exclusão de Spalone da Interpol diretamente em Lyon na França; e também com denúncia na Corte Interamericana de Direitos Huamnos, tudo visando com que Gabriel possa responder o processo em liberdade.” Esquema de desvio Operação mira influencer suspeito de esquema que teria desviado R$ 146 milhões via PIX Ele é suspeito de participação em um esquema que desviou R$ 146 milhões via PIX de um banco e de empresas vítimas das transferências ilegais. Outras duas pessoas foram presas. Guilherme Sateles Coelho e Jesse Mariano da Silva teriam se beneficiado em quase R$ 75 milhões do esquema. Os investigadores dizem que o esquema envolvia empresas criadas por Gabriel Spalone, que ofereciam serviços financeiros digitais, como transações de câmbio, criptomoedas e pagamentos. Elas não tinham autorização do Banco Central para operar transferências diretas via PIX. Então, usavam o sistema de bancos ou empresas financeiras que têm autorização para realizar a operação. Esta intermediação é o chamado o PIX indireto, que é ilegal desde janeiro, quando o Banco Central endureceu regras para fintechs, como as de Gabriel. Segundo a polícia, em fevereiro deste ano, as empresas dele realizaram em menos de 5 horas mais de 600 transferências ilegais por pix indireto, de 10 contas de um único banco, totalizando R$ 146 milhões. O banco conseguiu identificar a fraude e recuperar R$ 100 milhões. Policiais cumprem mandados de busca e apreensão de carros e entram em imóveis de investigados no esquema de fraude com o PIX em São Paulo — Foto: Reprodução/Divulgação

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