Em Juiz de Fora, são 93 pessoas com mais de 100 anos, segundo dados do Censo 2022: 73 mulheres e 20 homens. Uma das centenárias é a aposentada Elza Mansur, que completou 100 anos em julho, e tem a vida marcada por muita vitalidade, lucidez, independência e autonomia. Ela mora sozinha, cuida da própria rotina, pinta, produz mantas de crochê para as netas e bisnetos e também se destaca nas aulas de pilates. Elza Mansur, aos 100 anos, se diverte nas festas que frequenta — Foto: Arquivo pessoal “Sou alegre, extrovertida, não fico triste por qualquer coisa, amo muito São Pedro e sou muito amiga dele. Peço a ele que me dê mais uns 4 anos ainda [de vida]. Aí tá bom”, brinca. Aos 100 anos, ela não abre mão das atividades que fazem bem para o corpo e para a alma. Adora uma cervejinha gelada e uma festa – sendo coroada Rainha do Baile por várias vezes Para ela, foram muitas as batalhas que marcaram sua trajetória: “A vida foi assim, com muita luta. Meu marido tinha venda na roça, eu ajudava, lavava roupa para fora. Nunca fiquei à toa. Toda vida trabalhei”. Quando perguntada sobre o segredo da longevidade, respondeu com bom humor: “Uma pinguinha na hora do almoço, pouco aborrecimento e muito riso. Adoro rir”. Berrante como símbolo de vida Ainda em Juiz de Fora, o aposentado Adelino dos Santos, nascido em 1919, caminha para os 107 anos de vida. Natural de Piau, construiu uma trajetória marcada pelo trabalho e pela alegria de viver. Para criar a família, composta pela esposa Margarida, com quem foi casado por 75 anos e os 5 filhos, o trabalho precisou ser árduo. “Plantava mandioca, cana, banana para dar o pão de cada dia aos meus filhos. Era trabalhar e respeitar e cuidar da família”. Adelino dos Santos tocando berrante e com o chapéu que ganhou do cantor Daniel — Foto: Iara Maia/TV Integração Mesmo com mais de um século de vida, continua ativo e presente nas rodas de amigos e em festas. Até hoje toca o berrante, que ganhou do cantor Sérgio Reis. Outro presente que guarda com carinho é o chapéu recebido do sertanejo Daniel. “Esse aqui o Serjão [Sérgio Reis] que me deu. E o chapéu é do Daniel. Guardo com carinho. Não tem dinheiro que pague”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Pinga e berrante: Idosos centenários celebram longevidade com hábitos inusitados
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