Casos de dengue no Alto Tietê diminuem mais de 95% em um ano

Casos de dengue no Alto Tietê diminuem mais de 95% em um ano

Nos nove primeiros meses de 2024, a cidade que mais registrou casos de dengue foi Mogi das Cruzes, com 19.180. Um ano depois, os casos passaram para 253. Por outro lado, no ano passado, Salesópolis foi a cidade com menos casos, sendo 336. Em 2025, o município registrou apenas 57. Com a chegada da primavera e do verão, o número de casos de dengue costuma aumentar entre os meses de outubro e maio devido aos altos índices de chuvas e ondas de calor. Por isso, os municípios do Alto Tietê iniciaram ações de combate ao mosquito Aedes aegypti para evitar uma epidemia da doença. Medidas para evitar a dengue O diretor da Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes, o veterinário Jefferson Renan de Araújo Leite, destacou que o principal cuidado para evitar a dengue é eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, principalmente onde há água limpa parada. Ele recomenda que a população fique atenta às caixas d’água sem tampa ou vedação, aos ladrões da caixa d’água, às calhas, sacolas plásticas e em cacos de vidro em muro, pois esses recipientes podem servir para acumular água e gerar o Aedes. “A preferência é por locais com águas limpas e paradas, mas se tiver água suja, ela [fêmea Aedes] deixa os ovos na água suja também. É raro, mas pode acontecer em córrego, empoçamento de água”, explicou Leite. Além dessas estratégias, desde fevereiro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O imunizante está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região. Ciclo do mosquito Aedes aegypti Apenas a fêmea do mosquito Aedes aegypti transmite o vírus da dengue por meio da picada. Ela precisa do repasse sanguíneo de seres humanos ou de animais para amadurecer os ovos que armazena no corpo. O diretor da Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes, Jefferson Leite, explicou que a fêmea procura recipientes escuros com água, que tenham bordas, para liberar seus ovos. “Quando chove, o nível de água desses recipientes sobe, e os ovos eclodem.” Leite mencionou que, após a eclosão dos ovos, a larva leva uma semana para se tornar adulta. Os ovos podem ficar em um recipiente por até um ano esperando contato com a água para se desenvolverem. “Tem que eliminar possíveis criadouros, porque assim, elimina os locais de postura dos ovos. A fêmea deixa vários [ovos], chega em média a 1,2 mil ovos por período. Ela [fêmea] dura em torno de 30, 40 dias”. Já os mosquitos machos não se alimentam de sangue, e sim de seiva, por isso, não transmitem o vírus causador da dengue. Segundo o diretor da Vigilância, existe um ciclo mais comum do mosquito. Que é quando a fêmea, ao picar uma pessoa com dengue em um período de pandemia, adquire o vírus, que se replica em seu organismo. Assim, ao picar outro ser humano saudável, ela transmite o vírus da dengue. Outra forma menos comum de transmissão é um mosquito que já nasce com o vírus. Desta forma, a fêmea é infectada e ela gera filhotes com o vírus. No entanto, o diretor faz um alerta. “O pernilongo, mosquito comum, não tem capacidade de transmitir o vírus da dengue.” Veja como cada cidade se prepara para enfrentar a dengue De acordo com a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, a cidade registrou, no primeiro semestre deste ano, 183 casos de dengue. Enquanto, no mesmo período de 2024, foram 3.181. A administração municipal informou que as equipes realizam visitas casa a casa, bloqueio contra criadouros, vistorias em pontos estratégicos, vistoria em locais com denúncias específicas de focos de água parada e ações educativas em escolas e UBS. Segundo a prefeitura, a partir de novembro as ações de controle e prevenção às arboviroses serão intensificadas. De acordo com a Prefeitura de Guararema, a cidade registrou, no primeiro semestre deste ano, 55 casos de dengue. No mesmo período de 2024, foram 1.080. A administração municipal informou que as equipes realizam visitas a imóveis a fim de identificar focos de proliferação do Aedes, além de distribuir material educativo e orientar campanhas de conscientização. Segundo a prefeitura, a Secretaria de Saúde acompanha os casos e mapeia os bairros mais afetados para priorizar as ações. De acordo com a Prefeitura de Itaquaquecetuba, a cidade registrou, no primeiro semestre de 2025, 324 casos de dengue. No mesmo período de 2024, foram 6.412. A administração municipal informou que as equipes realizam visitas casa a casa e nebulização com inseticida como forma de combater o mosquito transmissor. De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, a cidade registrou, no primeiro semestre deste ano, 241 casos de dengue. No mesmo período de 2024, foram 18.950. A administração municipal informou que as equipes realizam visitas casa a casa, bloqueio de criadouros, tratamento químico em áreas com grande oferta de focos, monitoramento de pontos estratégicos e uso de drone para aplicação de larvicida. Já o Zap Dengue é um canal em que a população pode enviar mensagem denunciando locais de possíveis criadouros do mosquito, e receber informações sobre sintomas e prevenção da doença, e endereços das UBS. Segundo a prefeitura, a vacina contra a dengue está disponível para o público-alvo em todas as UBS da cidade. Para gestantes em acompanhamento pré-natal, a Secretaria de Saúde disponibiliza repelentes. De acordo com a Prefeitura de Santa Isabel, a cidade registrou, no primeiro semestre deste ano, 308 casos de dengue. No mesmo período de 2024, foram 4.456. A administração municipal informou que as equipes realizam visitas casa a casa, palestras sobre a dengue, acompanhamento de casos da doença, está contratando mais agentes de combate a endemias e adquiriu nebulizador veicular para controle químico de mosquitos adultos, que será utilizado caso ocorram picos da doença. De acordo com a Prefeitura de Suzano, a cidade registrou no primeiro semestre deste ano 376 casos de dengue. No mesmo período de 2024, foram 8.753. A administração municipal informou que realiza visita casa a casa, bloqueio em locais com focos do mosquito, orientações nas escolas e empresas, avaliação de densidade larvária (ADL), além de oferecer a vacinação para crianças e adolescentes. Leia mais Casos de dengue recuam no Alto Tietê, mas seguem em alerta Veja tudo sobre o Alto Tietê

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