A intenção é identificar se ela foi atacada por outro animal ou se foi morta por alguma pessoa – o que pode configurar o crime de maus-tratos. Saiba mais abaixo. Segundo o delegado Fernando Henrique Ribeiro Vieira, o animal foi encontrado morto no domingo (19) com diversos ferimentos e dilacerações nas proximidades do Lago de Olarias, parque que fica ao lado de uma área de mata. O policial explica que técnicos da PC-PR e da Polícia Científica foram até o local e recolheram a carcaça, que foi encaminhada a uma unidade especializada de Curitiba para análise. “Os laudos periciais serão fundamentais para esclarecer se a morte do animal ocorreu de forma natural ou se houve alguma ação violenta de origem humana e direcionar o prosseguimento das investigações. […] A Polícia Civil reforça o compromisso com a investigação, principalmente em situações de maus-tratos animais”, destaca Vieira. Capivaras no Lago de Olarias de Ponta Grossa (PR) — Foto: RPC 🌱Capivaras no Lago de Olarias de Ponta Grossa A presença de capivaras no Lago de Olarias ficou popular em Ponta Grossa após os animais aparecerem no local, que era desabitado pela espécie. O espaço começou a receber obras estruturais em 2015, após passar anos registrando enchentes. Um complexo de lazer foi inaugurado em 2022, e áreas de mata foram preservadas nos arredores do parque. Lago de Olarias fica ao lado de áreas preservadas — Foto: Google Earth O surgimento das capivaras deixou os animais conhecidos na cidade, inspirando teorias sobre a presença e a relação entre elas, e até o desenvolvimento de um personagem criado por um jovem autista. Saiba mais: Capivaras no Lago de Olarias de Ponta Grossa — Foto: RPC 🔍Crime de maus-tratos O delito de maus-tratos a animais está previsto na Lei Federal nº 9.605/1998, conhecida como a lei de crimes ambientais. O artigo 32 define a conduta como “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena prevista vai de três meses a um ano de prisão, mais multa, e é aumentada de um sexto a um terço se ocorre a morte do animal. A mesma pena é prevista para quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo – ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. No entanto, quando se trata de cão ou gato, a pena sobe para de dois a cinco anos de prisão, mais multa e proibição da guarda. A lei destaca que recebe esta mesma pena quem realiza ou permite a realização de tatuagens e a colocação de piercings em cães e gatos, com fins estéticos. 📞Denúncias O delegado solicita o apoio da população com qualquer informação que possa contribuir com a investigação sobre a morte da capivara em Ponta Grossa. As denúncias, anônimas, podem ser feitas pelos telefones 197, da Polícia Civil ou 181, do Disque-Denúncia. A equipe responsável pela investigação atende diretamente pelo WhatsApp (42) 3225-4688. Saiba como denunciar crimes no Paraná Vídeos mais assistidos do g1 PR:
Morte de capivara é investigada pela polícia no PR; animal ficou popular em cidade após aparecer em local desabitado pela espécie
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