Polícia Civil quer incluir mais vítimas no inquérito do acidente entre ônibus de viagem e coletivo na BR-040, em Juiz de Fora

Polícia Civil quer incluir mais vítimas no inquérito do acidente entre ônibus de viagem e coletivo na BR-040, em Juiz de Fora

Isso ocorre depois que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) devolveu o inquérito à Polícia Civil para incluir novas informações e reforçar a investigação. A informação foi confirmada à reportagem da TV Integração nesta segunda-feira (17). “Ao longo dos meses posteriores, já estávamos em contato com as vítimas para que elas representassem. O inquérito retornou do Ministério Público justamente para isso: para que pudéssemos reunir o maior número possível de representações”, disse o delegado Daniel Buchmüller, responsável pelas investigações. Ainda segundo Daniel Buchmüller, oito dos 40 feridos representaram. No entanto, a Polícia Civil enfrenta dificuldades, pois muitos dos envolvidos moram em outras cidades ou na zona rural de Juiz de Fora. “Algumas vítimas moram em outras cidades, principalmente as do ônibus da Cometa, mas mesmo assim conseguimos algumas representações. Já no ônibus da Ansal, a maioria das vítimas reside na zona rural, na Zona Norte. São pessoas muito humildes, que ainda não compareceram à delegacia. Já entramos em contato, mas, por enquanto, não conseguimos que viessem. Caso seja necessário, iremos até as residências deles para colher as representações, assim como o laudo médico”, explicou. 🔎 ‘Representar’ é informar oficialmente a autoridade sobre algo, geralmente para que haja investigação ou ação legal. À TV Integração, uma familiar das vítimas, Rosilene Barra, pediu que quem ainda não tivesse feito a representação fosse fazê-la. “Não é um depoimento, é uma representação sobre o acidente. Mesmo que seja uma lesão mínima, é essa representação que é necessária para dar seguimento ao inquérito”, completou. Motorista da Cometa foi indiciado homicídio culposo na direção de veículo (majorado, ou seja, com pena aumentada, por ser motorista profissional) de quatro pessoas lesão corporal culposa (majorada por ser motorista profissional)e lesão corporal qualificada de oito vítimas que representaram à polícia PODE MUDAR ALGO? O aumento no número de representações não altera a culpabilidade do motorista, ou seja, a condenação independe de quantas pessoas representem. Entretanto, a quantidade de representações pode influenciar a dosimetria da pena, podendo resultar em aumento da sentença aplicada caso ele seja condenado. 🔎 Homicídio culposo é quando uma pessoa causa a morte de outra sem intenção, por agir com negligência, imprudência ou imperícia. Já a lesão corporal culposa ocorre quando alguém fere outra pessoa, também sem querer, mas por ter agido de forma descuidada ou imprudente. Relembre o acidente Acidente na BR-040 deixou quatro pessoas mortas em ônibus do transporte coletivo de Juiz de Fora — Foto: Gabriel Landim/TV Integração O acidente aconteceu no dia 5 de setembro, por volta das 14h30, no km 779 da BR-040, quando o ônibus de Juiz de Fora parou em um ponto às margens da rodovia, próximo a uma concessionária, e foi atingido pelo veículo da Cometa. O coletivo municipal fazia a linha 743 e estava a caminho do distrito de Toledos. Já o de viagem seguia de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro. Ao todo, segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram 40 vítimas feridas: oito do ônibus da Cometa;32 do veículo do Consórcio Via JF. Mãe, filha, jovem e mulher morreram em acidente na BR-040, em Juiz de Fora — Foto: g1 Sophia Gonçalves da Silva, de 2 anos, e Maria Eduardah Mariano Silva, de 21 anos, mãe da menina e grávida de outro filho;Nicoli Augusta Santos Silva, de 16 anos, e Miria Aparecida Nunes, de 47 anos. Nicoli e Miria tinham ligação com a paróquia da região e participavam frequentemente de missas e eventos religiosos. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

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