Suspensão de tarifas por Trump ‘é passo na direção certa’, diz Celso Amorim

Suspensão de tarifas por Trump ‘é passo na direção certa’, diz Celso Amorim

“É uma medida positiva. É resultado de um trabalho cuidadoso no nível político, diplomático e no das negociações. É um passo na direção certa”, disse o embaixador pouco antes de embarcar para a África do Sul, onde será realizada a Cúpula de Líderes do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. No entanto, um integrante do governo brasileiro que falou à BBC News Brasil em caráter reservado apontou que apesar da sinalização positiva do governo americano, a redução das tarifas desta quinta-feira ainda não resolve totalmente o imbróglio. Segundo esta fonte, a medida corrige o que ele classificou como um “erro” cometido pelos americanos em julho ao anunciar a tarifa de 40% com a principal justificativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria sofrendo uma perseguição política classificada por Trump como uma “caça às bruxas” que precisava parar. EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros O integrante do governo acrescentou que é preciso haver uma negociação para a redução das tarifas sobre produtos manufaturados brasileiros que ainda enfrentam sobretaxas. Um outro funcionário do governo brasileiro ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado chamou atenção para o fato de que o decreto assinado por Trump fazer uma menção direta às conversas mantidas com Lula. Segundo ele, essa menção serviria tanto como um recado aos negociadores brasileiros, indicando que o processo deverá continuar, quanto aos integrantes do governo americano que, eventualmente, ainda apoiem Bolsonaro Nesta quinta-feira, o governo americano anunciou a retirada de tarifas de 40% sobre café, alguns cortes de carne bovina, açaí, manga e cacau. A medida, segundo o decreto, vale para as mercadorias que chegaram aos Estados Unidos a partir do dia 13 de novembro. Desde a aplicação do tarifaço, o governo brasileiro reagiu afirmando que não cederia à pressão americana e que o julgamento de Bolsonaro seguiria de acordo com os trâmites determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos começou a dar sinais de que poderia diminuir em setembro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se encontraram em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. O encontrou, segundo relatos, durou menos de um minuto e abriu caminho para uma aproximação entre os dois.

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