Fotos inéditas da construção de Brasília mostram obras de Stellio Seabra, o ‘arquiteto da rainha’

Fotos inéditas da construção de Brasília mostram obras de Stellio Seabra, o ‘arquiteto da rainha’

Os prédios em que ele trabalhou se tornaram referência na capital, foram lar da família do cantor Renato Russo e até receberam a visita de Elizabeth II, feito que deu a ele o apelido de “arquiteto da rainha”. Na terça-feira (2), o Arquivo Público do Distrito Federal divulgou imagens inéditas da construção de prédios projetados por ele. As imagens foram doadas pela viúva do arquiteto, Nina Seabra, e entregues pelo sociólogo e arquiteto Fernando Campos, amigo da família. Rainha Elizabeth II visitou o Brasil em 1968 Quem foi Stellio Seabra Stellio Seabra nasceu no Rio de Janeiro, em 1932. Ele chegou a Brasília em 1961, pouco depois da inauguração da capital. Segundo o historiador Elias Manoel da Silva, do Arquivo Público, na entrega das fotografias Fernando Campos explicou que Seabra veio para a capital como arquiteto do Banco do Brasil. Stellio Rodolpho Bastos Seabra em junho de 1963 — Foto: Arquivo Público do DF Seu objetivo era trabalhar em obras geridas e financiadas pelo BB, que se tornariam lar dos funcionários do banco que mudariam do Rio de Janeiro para a nova capital. “Diferente de obras que eram marcadas por certa escassez financeira ou rigidez burocrática dos projetos, o Estelio Seabra teve total liberdade de prancheta”, disse o historiador. Um projeto residencial feito por ele foi o Bloco B da SQS 303, onde a família de Renato Russo morou. O arquiteto morreu em 2023, aos 90 anos, em Natal (RN), onde morava com a esposa. Prédio visitado pela rainha Galerias Relacionadas 1/6 Construção do Jardim de Infância da 308 Sul, em Brasília, em dezembro de 1964 — Foto: Arquivo Público do DF 🔎 Elias explica que a escolha de visitar o local aconteceu porque a 308 era uma “quadra modelo”, um tipo de “vitrine” de Brasília. À época, a capital ainda era um grande canteiro de obras, e a quadra era uma das poucas que já estava pronta e completa. Fernando Campos informou ao Arquivo Público que Seabra não teve filhos e, ao projetar o Jardim de Infância, fez uma espécie de “devolutiva existencial, projetando para os filhos dos outros”. Com um espelho d’água e azulejos coloridos, o local se apresentava de uma forma diferente das outras escolas da época. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

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