Queimada e desmatamento ilegal em condomínio de Juiz de Fora pode render multa de mais de meio milhão de reais

Queimada e desmatamento ilegal em condomínio de Juiz de Fora pode render multa de mais de meio milhão de reais

Uma fiscalização em um condomínio localizado às margens da Represa Doutor João Penido, em Juiz de Fora, flagrou desmatamento ilegal, parcelamento irregular do solo e abertura de vias para construção sem alvará e sem licenciamento ambiental, em uma área de aproximadamente 5.200m². As multas emitidas ao empreendimento podem ultrapassar R$ 500 mil, segundo a Prefeitura de Juiz de Fora. A operação aconteceu de forma conjunta entre agentes da Fiscalização com a equipe de Secretaria de Desenvolvimento Urbano com Participação Popular (Sedupp) e Polícia Militar Ambiental, após denúncias. A área de irregularidades corresponde a mais de 5 campos de futebol e, no local, também foram identificadas infrações ambientais a menos de 100 metros da faixa de área de preservação permanente da represa. Segundo a Prefeitura, o Condomínio Marina da Remonta já havia sido autuado em outubro deste ano por realizar uma queimada de grande proporção na mesma área. Com as novas irregularidades identificadas, ele foi novamente autuado. As autuações seguirão para análise da Junta de Julgamentos Fiscais, que irá avaliar e deliberar sobre o processo e o valor total das multas. O g1 ainda não conseguiu contato com o empreendimento. A Prefeitura reforça que denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp: (32) 3690-7984. Represa registrou o menor nível há menos de 15 dias O manancial é um dos três que compõem o sistema de abastecimento da cidade – juntamente com os reservatórios de São Pedro e de Chapéu D’uvas. Para a meteorologista do Inmet, Anete Fernandes, as chuvas ainda vêm ocorrendo de forma irregular e ainda mal distribuídas. Além disso, houve um atraso no início da estação chuvosa em relação a anos anteriores, o que pode justificar o volume mais baixo da represa. Já para o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e líder do Núcleo de Análise Geo Ambiental (Nagea) Cezar Henrique Barra Rocha, a questão passa também por impactos ambientais provenientes de construções e loteamentos, que aumentam o assoreamento. Questionada pela reportagem, a Prefeitura informou que realiza ações regulares de fiscalização ambiental na região e que há ‘desafios práticos’, como a dificuldade de localização precisa dos imóveis e dos responsáveis, alguns deles que só comparecem à área em horários de lazer. ASSISTA TAMBÉM: Represa João Penido, em Juiz de Fora, está com nível de água em 39% Represa João Penido, em Juiz de Fora, está com nível de água em 39% VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

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