Três policiais civis de Ubá, na Zona da Mata mineira, foram alvos da operação ‘Hígia’, suspeitos de participação em milícia privada, falsidade ideológica e organização criminosa. A ação, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Corregedoria da Polícia Civil na quarta-feira (17), investiga a atuação de uma milícia privada ligada a uma empresa de segurança na região. Os nomes dos suspeitos e da empresa não foram divulgados. Durante a operação, um dos agentes foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Além disso, na casa de um dos empresários investigados, a polícia encontrou grande quantia de dinheiro em espécie. Também foram apreendidas armas, documentos e dispositivos eletrônicos. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca domiciliar e três mandados de afastamento dos cargos públicos. Como funcionava o esquema O suspeito de chefiar o esquema também é policial civil e está preso preventivamente desde novembro de 2024. Ele usava a estrutura e o efetivo da Polícia Civil de Minas Gerais para prestar serviços de segurança privada, inclusive serviço de escolta armada de valores, mediante o recebimento de dinheiro. Durante as investigações, foram encontradas planilhas de pagamento, escalas, movimentações bancárias e planejamento que envolviam a participação de servidores públicos e agentes privados na prestação ilegal de segurança privada. Até o momento, o Ministério Público já apresentou três denúncias contra os investigados pelos crimes de milícia privada armada, falsidade ideológica, corrupção passiva e obstrução de investigação de organização criminosa. Segundo o MP, o material indica a participação de servidores públicos e agentes privados na prestação ilegal de serviços de segurança. Operação ‘Hígia’ A operação Hígia é um desdobramento da operação Segurança Máxima. Em fases anteriores da investigação, foram apreendidos artigos de luxo, como um avião e veículos importados. A operação mobilizou seis promotores de Justiça, dez delegados de polícia e cerca de 50 policiais civis. O que diz a Polícia Civil “A Corregedoria da Polícia Civil disse que acompanha o caso e adota todas as providências administrativas cabíveis, em consonância com a legislação vigente, assegurando o devido processo legal e o direito à ampla defesa. A PCMG ressalta que não coaduna com quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes e reafirma seu compromisso com a legalidade, a ética, a transparência e o combate a práticas ilícitas, independentemente da posição funcional dos envolvidos. As investigações seguem sob responsabilidade dos órgãos competentes.” Operação prende policiais penais e apreende celulares em celas em Juiz de Fora VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Policiais civis suspeitos de participação em ‘milícia privada’ são alvos de operação em MG
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