Segundo suspeito de envolvimento nas mortes de técnicos de internet em Salvador é preso

Segundo suspeito de envolvimento nas mortes de técnicos de internet em Salvador é preso

A Polícia Civil informou que a advogada de um adolescente suspeito de envolvimento no crime também compareceu, na manhã de segunda-feira, à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), onde se comprometeu a apresentar o cliente na unidade especializada nos próximos dias. O nome do segundo suspeito preso não foi divulgado pela polícia. Segundo a polícia, as investigações apontaram que ele monitorou os trabalhadores antes de serem levados de Marechal Rondon para o bairro do Alto do Cabrito, local onde os corpos foram encontrados com marcas de tiros e as mãos e pés amarrados. Vídeo mostra momento em que traficante envolvido no assassinato de trabalhadores na Bahia se confunde sobre câmera em poste e alerta comparsa — Foto: Reprodução/TV Bahia Em entrevista ao Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia, na segunda-feira, o delegado-geral da Polícia Civil do estado, André Viana, descartou a possibilidade de que tivesse uma câmera instalada no local. As investigações apontaram que as vítimas tinham colocado apenas fios de fibra ótica no equipamento. “Aí, ‘Badalo’, na ladeira, ó! Uma câmera alí, ó! Tá vendo ali no fio? Olha uma lá, de frente para mim, me monitorando”, disse o traficante ao confundir o equipamento. A pasta conta que o suspeito já havia sido preso por roubo a banco com uso de explosivos e tráfico de drogas. Ele estava no Complexo Penitenciário de Mata Escura, mas foi posto em liberdade por meio do livramento condicional. Autorização de chefes presos As investigações apontaram que o crime contou com a participação de ao menos 11 traficantes do Bonde do Maluco. Três dos quatro mandantes estão presos e “autorizaram” o assassinato. Os outros participaram como executores ou olheiros. De acordo com apuração da TV Bahia, Jorge Ferreira Santos, o Capenga, Venício Bacelar Costa, o Fofão, e Antônio Dias de Jesus, o Colorido, determinaram as mortes das vítimas após a “denúncia” de que os trabalhadores estavam instalando as câmeras. Jorge Ferreira Santos, Venício Bacelar Costa e Antônio Dias de Jesus estão presos — Foto: Reprodução/Redes Sociais Outro homem é apontado como mandante do assassinato: Edson Silva de Santana, o Jegue. — Foto: Reprodução/Redes Sociais Ainda no domingo, o primeiro suspeito de envolvimento no crime foi preso. A TV Bahia apurou que ele se chama Jonatas Amorim Nascimento. Jeferson (à esquerda) morreu e Jonatas (à direita) foi preso — Foto: Reprodução/Redes Sociais Lutador de jiu-jítsu, instalador e pai de jovem de 19 anos Ele era pai de um menino de 7 anos e morava no bairro de Castelo Branco. O profissional lutava jiu-jítsu e estava desempregado há seis meses, antes de conseguir o emprego na empresa de internet. O corpo dele foi sepultado na manhã de quinta-feira (18), no Cemitério Vale da Saudade, em Candeias, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Patrick foi mais um jovem negro que, infelizmente, teve a vida ceifada pela violência. Era um cara muito batalhador, 100% correria, trabalhador, coração. Às vezes até faltava um pouco de malícia e isso que nos deixa revoltado”, disse o primo de Patrick, Vinícius Simões. Funcionário de empresa de internet morto com colegas em Salvador estava no segundo dia de trabalho — Foto: Reprodução/Redes Sociais “Ricardo era uma pessoa boa, do bem, como todo mundo sabe. A vida de Ricardo era trabalhar. Era o tempo inteiro pintando casa, consertando telhado. A vida dele era trabalhar e o pessoal falava que ele não descansava”, disse a esposa, dele Sônia Regina. Os dois estavam casados há 27 anos. “Uma pessoa boa, um bom marido, pai, vizinho… Nada que faça vai trazer ele de volta, mas é muito sofrimento. Não sei nem o que estou sentido, minha cabeça não assimilou nada”, lamentou. Ricardo Antônio morava na Rótula do Abacaxi e deixou uma filha de 14 anos — Foto: Reprodução/Redes Sociais Jackson Santos também era casado, morava no Lobato e tinha um filho de 19 anos. No dia do crime, ele tinha usado o carro particular para chegar ao local do trabalho a tempo. O veículo desapareceu após a ação criminosa e foi encontrado na sexta-feira (19), no bairro de Pirajá. Ele passou por perícia. Os corpos dele e de Ricardo foram enterrados na quarta-feira (17), no Cemitério Bosque da Paz. A cerimônia reuniu familiares, amigos e colegas de trabalho. Jackson Santos era casado, morava no Lobato e tem um filho de 19 anos — Foto: Reprodução/Redes Sociais Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

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