Entre animais silvestres e domésticos, já foram resgatados 1.200 cobras,1035 gambás e mais de 900 cães e gatos. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 200 animais resgatados. Durante todo o ano de 2024, foram feitos 25 mil resgates. Para quem encontrar animais abandonados que estejam feridos ou circulando por lugares impróprios, a orientação é chamar os bombeiros. Alguns municípios do estado têm serviços públicos de resgate. Na capital, a opção é ligar para 1746. “A primeira coisa é não tentar mexer, ameaçá-lo, conter, nem o machucar. Para acionar o Corpo de Bombeiros, o telefone é o 193. Para que a gente possa tratar o animal de maneira correta, fazer manejo correto e destinar local mais seguro para ele”, explica o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fabio Contreira. A avaliação veterinária e a soltura dos bichos sequestrados ficaram a cargo do Instituto Vida Livre, que nos últimos 10 anos já socorreu mais de 12 mil animais silvestres. Para o coordenador do Instituto, a proximidade com parques e florestas faz do Rio de Janeiro um lugar especial, onde a convivência com os bichos deveria ser mais valorizada. “A gente mora numa cidade que tem floresta, vários animais, preguiça, macaco, quati. Temos as praias, a costa com baleias, golfinho. Acho que é uma cidade incrível para quem gosta de bicho e pra quem sabe viver uma vida melhor”, afirma Roched Seba, presidente do Instituto Vida Livre. A orientação para quem queira ter um animal de estimação é priorizar a adoção. São muitos os focinhos carentes que aguardam um tutor. Importante lembrar que que quando se leva um animal para casa, ele vira parte da família. “Os animais hoje fazem parte da nossa família. O termo que se dá é ‘família multiespécie’ e eles merecem todos os cuidados que nossos parentes humanos precisam”, diz o major. “Se a gente olha pra uma cidade pensando em cuidar dos bichos, esse cuidado vem pra gente também”, completa Roched.