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Na Ucrânia, apartamentos viram fábricas de drones militares, como o tipo usado em ataque na Rússia

por admin
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Um dos responsáveis por esse trabalho é Timothy – nome de guerra. Ele lidera uma pequena equipe que já entregou 65 drones prontos para o front. “Temos mais 15 encomendados. E existem equipes muito maiores que a nossa”, conta. As peças são compradas pela internet. Além da montagem, os voluntários também ensinam como construir os equipamentos. Entre os aprendizes, estão um ativista americano e um matemático português. “Desde o primeiro dia da guerra, decidi que precisava fazer o máximo para ajudar”, diz Rui, o português. Os drones usados são do tipo FPV – sigla em inglês para “First Person View”, ou visão em primeira pessoa. O operador usa óculos de realidade virtual para guiar o equipamento até o alvo. “Há um piloto que comanda este drone e vai e atinge um alvo militar, que serve um propósito tático militar”, explica Rui. Além dos FPVs, há diversos outros modelos em uso, tanto por ucranianos quanto por russos. Entre eles, os drones Shahed, de fabricação iraniana, usados pela Rússia para atacar áreas urbanas. Alguns são altamente destrutivos e operam presos a cabos de fibra óptica com quilômetros de extensão – como pipas de guerra. A estratégia é escapar dos sistemas de interferência eletrônica do inimigo. Em Mykolaiv, no sul do país, a reportagem viu de perto os equipamentos usados para desorientar mísseis e foguetes. “Esses dispositivos triangulares são aparelhos eletrônicos para desorientar mísseis, foguetes…”, explica Álvaro, especialista em tecnologia militar. Na Ucrânia, apartamentos viram fábricas de drones militares — Foto: Reprodução/TV Globo Uso da IA Para driblar interferências, engenheiros ucranianos também apostam em inteligência artificial. Em Kiev, uma startup desenvolveu um drone que não depende de GPS – tecnologia vulnerável a bloqueios e falsificações. “O fundador da empresa foi da infantaria, e notou que muitos drones não serviam para batalha, porque dependiam de GPS. Sofriam muitas interferências e recebiam até sinais de GPS falsos. Ele decidiu resolver isso”, diz a dublagem de um vídeo institucional. Segundo Bruno, analista de tecnologia militar, o ritmo de inovação é impressionante. “Temos visto processos de desenvolvimento tecnológico extremamente acelerados por parte da Ucrânia e vemos processos de integração de nova tecnologia na frente de batalha que chega a durar apenas duas, três semanas e às vezes no máximo dois meses, estamos numa fase de enorme aceleração tecnológica”. Uma das tendências é tornar os drones cada vez mais autônomos. “Deixar o drone cada vez mais inteligente. Embarcar o máximo de poder de computação no próprio drone, pra ele não depender de pilotagem à distância, que tá sujeita a interferências”, explica Dennis, engenheiro de sistemas. Com isso, alguns modelos já são capazes de tomar decisões sozinhos, graças à inteligência artificial. “Alguns deles apresentam níveis de autonomia que fazem com que possam ser consideradas armas autónomas letais”, afirma Bruno. Veja a reportagem completa no vídeo abaixo: Mentes Digitais Especial Ucrânia: Drones assumem protagonismo na guerra Ouça os podcasts do Fantástico O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

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