Uma dentista foi presa em flagrante por injúria racial após ofender um funcionário de 42 anos em uma boate, na madrugada deste domingo (7), em Vitória. Segundo a Polícia Militar, Camila Magalhães Bonfim Ribeiro chamou o trabalhador de “negrinho” mesmo na presença dos policiais. Antes disso, a mulher teria ficado agressiva e se recusado a pagar a conta no local. Segundo a defesa da dentista, a Camila sofreu um surto psicótico e ainda teria sido impedida de deixar o estabelecimento. (confira nota abaixo) De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a confusão começou quando a dentista se recusou a pagar pelas bebidas consumidas e passou a fazer insultos e ameaças dentro da boate, no bairro Praia do Canto. A PM informou que foi acionada porque a mulher estava “bastante alterada e agressiva”. Testemunhas relataram que ela tentou fugir e precisou ser contida pela equipe de segurança. A dentista Camila Magalhães Bonfim Ribeiro foi presa por injúria racial em Vitória, neste domingo (7). Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta Durante a abordagem, Camila disse que havia sido agredida, mas testemunhas afirmaram que os ferimentos foram provocados por ela mesma, em razão do estado de embriaguez. A dentista foi levada ao Hospital de Urgência e Emergência de Vitória (HEUE) onde foram constatados arranhões no joelho e um corte na cabeça. Após receber atendimento, foi encaminhada para a 1ª Delegacia Regional de Vitória. De acordo com a Polícia Civil, na delegacia, a mulher foi autuada em flagrante por injúria racial e conduzida ao sistema prisional. Delegacia Regional de Vitória — Foto: Carlos Alberto Silva/ Rede Gazeta Defesa A advogada Angélica Damasceno Romeiro, que faz a defesa da dentista, informou que a cliente é uma mulher em situação de fragilidade e que teria sido vítima de agressão física na casa noturna. “Em meio à violência sofrida, [Camila] apresentou sinais de um possível surto psicótico, o que reforça sua vulnerabilidade naquele momento. Diante desse cenário, foi ela própria quem acionou a Polícia Militar, buscando proteção e amparo das autoridades. Reiteramos que Camila afirma que em nenhum momento buscou proferir ofensas de cunho racial, manifestando, inclusive, seu repúdio a toda e qualquer prática discriminatória. Ressaltamos que a tentativa de inverter a condição de vítima para transformá-la em agressora não condiz com a realidade dos fatos”. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo