O primeiro-ministro da França, Sébastian Lecornu, renunciou nesta segunda-feira (6) após menos de um mês no cargo. A informação foi confirmada pelo Palácio do Eliseu em comunicado. Ainda segundo o Eliseu, Lecornu apresentou uma carta de demissão poucas horas após o anúncio de um novo governo. O presidente francês, Emmanuel Macron, já aceitou a renúncia. Macron havia nomeado o ex-ministro da Defesa como premiê do país em 9 de setembro. Lecornu substituiu François Bayrou, que renunciou o cargo, após nove meses de gestão. Lecornu foi o quinto premiê do segundo mandato de Macron, que começou em 2022. Ex-conservador, ele se juntou ao movimento centrista de Macron em 2017. A instabilidade no governo se deve, principalmente, a uma grande crise econômica no país: nenhum outro país da União Europeia (UE) está tão endividado em termos absolutos quanto a França. Lecornu, de 39 anos, foi o ministro da Defesa mais jovem da história francesa e idealizador de um grande reforço militar até 2030, impulsionado pela guerra da Rússia na Ucrânia. Ex-conservador que se juntou ao movimento centrista de Macron em 2017, ocupou cargos em governos locais, territórios ultramarinos e durante o “grande debate” dos coletes amarelos de Macron, onde ajudou a controlar a revolta popular por meio do diálogo. Os legisladores derrubaram François Bayrou e seu governo em um voto de confiança na última segunda-feira (8), em meio a uma nova crise na segunda maior economia da Europa. François Bayrou e Emmanuel Macron — Foto: GEORGES GOBET / AFP Parlamento derruba premiê e aumenta crise no governo Macron Após ‘tapa’, esposa de Macron nega dar o braço para o marido