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Lar Esportes Empresário do ramo de publicidade é investigado por oferecer propina a servidores para podar árvores em frente a outdoors colocados por ele, no PR

Empresário do ramo de publicidade é investigado por oferecer propina a servidores para podar árvores em frente a outdoors colocados por ele, no PR

por admin
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dele na quinta-feira (23). Um celular, um notebook e documentos foram aprendidos e serão periciados. Segundo o promotor Leonardo Vilhena, foi possível chegar ao empresário a partir dos celulares aprendidos na primeira fase da operação. O nome dele não foi divulgado, pois a investigação está em sigilo. O g1 tenta localizar defesa dele. O promotor explicou que a suspeita é de que o empresário pagava propina aos servidores públicos para poder furar a fila de protocolos de poda e remoção de árvores. Durante a investigação, foi apurado os pagamentos – feitos por PIX – aconteceram por pelo menos 15 vezes e começaram em 2020. “Esses servidores simplesmente ignoravam essa listagem e faziam a ordem que preferiam. Esse era dos grandes motivos pelos quais a a fila pra não andava, ou seja, outras árvores eram passadas na frente. Pessoas que nem tinham protocolos às vezes conseguiam esse tipo de serviço”, explicou o promotor. Segundo o Portal da Transparência de Maringá, atualmente existem 5856 protocolos abertos para remoção e poda de árvores. Primeira fase da operação MP investiga cobrança de propina para poda e corte de árvores no PR Os quatro servidores investigados na primeira fase da operação foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na quinta-feira (23), por 12 crimes de corrupção ativa. Segundo o promotor, os servidores chegaram a cobrar R$ 2 mil de empresas e entre R$ 400 e R$ 600 de moradores. Ele informou que a investigação começou quando uma pessoa – que fez um dos pagamentos – denunciou o caso ao se sentir constrangida pelos servidores. “Nós verificamos pelo menos três outros munícipes, um deles pessoa jurídica, que vieram aqui e explicaram o que aconteceu e disseram: ‘Nós realmente pagamos, pois foi exigido da gente esse dinheiro sob pena da gente não ter como suprimir ou podar aquela árvore que estava significando um risco para o estabelecimento comercial ou família, já que poderia vir a cair'”, disse o promotor. Posteriormente, um servidor registrou um boletim de ocorrência. Na denúncia, ele alegou que foi transferido de setor de corte e poda da prefeitura após o chefe dizer que ele estaria entre os servidores que estavam recebendo propina. Contudo, o homem alegou que não recebeu dinheiro e foi trocado de setor onde recebia bonificações salariais pelo trabalho. Por se sentir lesado, ele registrou a denúncia. Servidores são investigados por cobrar propina para podar e remover árvores em Maringá. — Foto: MP-PR No ano passado, a prefeitura informou que os quatro servidores citados na investigação foram afastados. Na nova nota enviada à RPC, afiliada a TV Globo no Paraná, o município informou que está o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) está em andamento para apuração do caso e aplicação das medidas cabíveis. A prefeitura disse também que os servidores estão trabalhando no momento e qualquer medida só poderá ser tomada após a finalização do processo. “A Prefeitura de Maringá informa que em relação aos servidores investigados está em andamento Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração do caso e aplicação das medidas cabíveis. O processo é conduzido por uma comissão de servidores e segue os trâmites legais previstos no Estatuto do Servidor (Lei nº 239/1998). Conforme prevê o artigo 206 da lei, o afastamento das funções ocorre quando há tentativa de interferência do servidor no processo. De acordo com a lei, o trâmite nestes casos é: abertura da sindicância, que foi finalizada em julho deste ano. A sindicância apontou para a abertura de processo administrativo, que teve início em agosto deste ano”, informou a prefeitura. Em contato com o ex-prefeito Ulisses Maia, que atuava na gestão de Maringá quando o pagamento de propina aos servidores começou, ele informou que a apuração da denúncia foi aberta ainda durante a gestão dele, “demonstrando o compromisso com a transparência e a ética”. Segundo o promotor, duas investigações criminais, decorrentes da operação, ainda estão sendo realizadas. Elas apuram mais 15 fatos suspeitos de enquadramento como crimes de corrupção. “Nós devemos terminar as investigações e oferecer as denúncias ainda esse ano. Nós estimamos que pelo menos mais uns 30 fatos de corrupção comprovados, a gente deve promover nessa denúncia”, comentou o promotor. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná

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