A decisão é da 5ª Vara do Trabalho da cidade e foi movida Ministério Público do Trabalho (MPT-MG), após um assalto à loja em dezembro de 2022. Na ocasião, duas funcionárias sofreram traumas psicológicos e precisaram se afastar do trabalho. A sentença cabe recurso. À época, uma vendedora da loja contou para a Polícia Militar que um dos assaltantes apontou uma arma para ela e gritou: “Quero tudo. Cofre, Rolex…”. Um dos criminosos teria disparado duas vezes para intimidar quem estava no local. Relembre mais abaixo. O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Vivara, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem. O que motivou o pedido do Ministério Público? Joalheira de shopping de Juiz de Fora é assaltada — Foto: André Lamounier/TV Integração A investigação do MPT-MG apontou que a empresa não reconheceu o episódio como acidente de trabalho e se recusou a fornecer assistência adequada às funcionárias, que tiveram que arcar com despesas médicas e psicológicas. Além disso, os programas de Saúde e Segurança do Trabalho da Vivara eram omissos quanto aos riscos de violência e fatores psicossociais. A sentença determina que a empresa deve emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) sempre que houver lesão física ou mental causada por assalto, inclusive para funcionários presentes durante o crime, mesmo sem sintomas imediatos. Além disso, a Vivara deverá incluir nos programas de segurança e saúde ocupacional medidas específicas para prevenir riscos psicossociais, como traumas, ameaças e situações de violência no ambiente de trabalho. O procurador Fabrício Borela Pena, responsável pelo caso, afirmou que a decisão “reconhece as responsabilidades da empresa pelo exercício de uma atividade econômica que impõe riscos à integridade física e à vida dos empregados”. Ele reforçou que agravos mentais decorrentes de assaltos devem ser reconhecidos como acidente de trabalho. O descumprimento das obrigações pode gerar multa de R$ 2 mil. Já a indenização de R$ 100 mil será destinada a projetos sociais, políticas públicas ou outras ações de impacto coletivo. Relembre o caso Segundo relatos de pessoas que estavam no estabelecimento, dois homens armados entraram pela portaria principal e foram diretamente até a loja da Vivara. Testemunhas disseram que houve disparos e gritos, e muitas pessoas correram para se proteger nas lojas e corredores. Joalheria de shopping sofre tentativa de assalto em Juiz de Fora De acordo o registro feito pela polícia, os criminosos ameaçaram funcionárias e clientes, exigindo o conteúdo do cofre e de vitrines da joalheria. Uma das vendedoras contou que um dos assaltantes chegou a apontar a arma para ela e gritar: “Quero tudo. Cofre, Rolex… Hoje estou para o jogo!” Durante a ação, o homem ainda teria atirado duas vezes para intimidar quem estava no local. As funcionárias conseguiram acionar o botão de pânico e, na fuga, os assaltantes quebraram vitrines e correram em direção à praça de alimentação, seguindo depois para o estacionamento do shopping. Lojas chegaram a baixar as portas por segurança, e uma funcionária de outro estabelecimento relatou que se escondeu no elevador enquanto um dos criminosos passava armado. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Após assalto traumático, Justiça condena joalheria a oferecer apoio psicológico a funcionários
postagem anterior

